Influenciadores celestiais.

 Influenciadores celestiais.

Reflexões aleatórias para tempos genéricos


    Rodando pelo Instagram hoje, entre postagens em sua maioria inúteis, me deparei com o algorítimo me sugerindo alguns perfis de famosos para eu seguir. Dentre comediantes, artistas, cantores e outros que sei la eu sinceramente porque estão la, me peguei refletindo sobre essa nova profissão (se é que pode ser chamada de profissão) de "influenciadores digitais". 

    Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou que, nos primeiros anos escolares, pelo menos 70% das crianças querem exercer essa função quando estiverem maiores. Não disseram querer ser médicos, engenheiros, astronautas, ou qualquer coisa que um dia ja foi desejada por muitos (vale dizer que meu sonho de criança sempre foi ser astronauta, visto que futebol nunca foi muito meu forte). 

    Eu até entendo por um lado. Um trabalhador comum, debaixo do regime da CLT, que trabalha 8 horas por dia e pega três horas de condução diária, não consegue capitalizar nem perto do quem um video viral de um pseudo-famoso dançando Tubarão, te amo no Tiktok conseguiria.

    Voltando ao Instagram, entrei em alguns perfis dessas indicações para ver se havia alguma coisa relevante para que de fato me interessasse em seguir aquelas pessoas. Praticamente nada. Um dia vi uma frase que não me recordo o autor, mas levo comigo há muito tempo: A vida é muito curta para perdemos tempo assistindo filmes ruins.  Acho que é do Einstein ou do Voltaire. Uma frase curta, mas que reflete uma profundidade que muitas vezes passa desapercebida. A vida é curta para perdermos tempo com aquilo que não nos vai trazer benefício algum. Não digo isso para que você, amigo leitor, mude seus gostos. Cada um faz da vida o que lhe bem entender. Mas a vida é de fato curta demais para todos nós. Homens, mulheres, ricos, pobres, famosos ou anônimos. O fim chega inevitavelmente a todos nós.

    Uma vez perguntaram a um senhor de 80 anos de idade que praticava rapel se ele não tinha medo de morrer naquele esporte tão perigoso. Ele prontamente disse: Tenho medo de morrer engasgado com uma azeitona, isso sim. 

   Jim Rohn, palestrante internacional, disse que você é a média das cinco pessoas com quem convive, assim como nós também afetamos indiretamente as pessoas a nossa volta. Um estudo revela que pelo menos nove pessoas criam uma predisposição à depressão depois que um conhecido próximo tira a própria vida. Sim, acredite ou não, somos DIRETAMENTE influenciados por aquilo que nossa mente consome. 

    Diariamente somos bombardeados com informações úteis e inúteis, boas e ruins, que vão no alavancar ou evitar que prossigamos melhorando. Cabe a nós permitirmos que essas influências cheguem a nos afetar, assim como também cabe a nós exercermos uma influência positiva sobre aqueles que nos rodeia. 

    Jesus nos ensinou que o sal é um ingrediente importantíssimo, pois se adicionado a uma receita pode ressaltar propriedades positivas nos alimentos. Nos tempos antigos o sal era tão importante que o dia de trabalho de um homem era medido por valor em sal, por isso temos hoje a palavra salário, advinda justamente disso. 

    Entretanto, não se sinta na obrigação de ter que viver pensando em influenciar os outros. É um fardo pesado demais para qualquer um carregar, mas devemos ter em mente que influenciamos aqueles que estão a nossa volta. Muito mais que os influenciadores digitais, que estão do outro lado das telas dos celulares, nós temos uma habilidade de prover aquilo que muitos buscam, sem saber que precisam. 

    No capítulo 61 do livro do profeta Isaías se encontra um texto, lido por Jesus em uma das suas idas ao templo, em que fala sobre a influência direta do Messias levando liberdade, alívio e salvação à humanidade. O Messias ja veio e a função dele esta consumada. Cabe a nós agora sermos influenciados e influenciadores daqueles que precisam conhecer as Boas Novas.


Deus te abençoe. 

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